Como assim? normal!




Galera ontem eu assisti um filme massa: Sem vestígios!

Toda trama é desenvolvida em 3 âmbitos, até que tudo se encontra no desenrolar do filme: FBI (governo) + mídia + assassino. Conta a história de um garoto que teve o suicídio de seu pai transmitido ao vivo pela TV, com direito a reprises e camêras lentas. Este rapaz fica traumatizado e revoltadíssimo com a mídia sensacionalista e fria!
Em retaliação ele passa a assassinar pessoas públicas por meio de torturas diversas, tudo isso ao vivo por meio da internet. E mais, ironicamente quando mais acesso o site tem, mais rápida era a morte do refém, ou seja, os espectadores - curiosos - internautas eram os auxiliadores dos assassinatos.
Aí que entra a grande crítica do filme. Até que ponto a mídia pode ser tão indelicada com as emoções humanas? Até que ponto é natural ver escândalos virtuais? Por que a tem sido tão comum ver/assistir a catástrofes e permanecermos sem expressar emoções? Estamos perdendo a sensibilidade?
Fazendo um parâmetro com a sociedade hoje, é ou não é verdade.
Você conhece ou é alguém que tem aíh no seu celular um vídeozinho de um soldado talibã decapitando um refém? Você nunca viu, recebeu ou enviou as fotos do acidente aéreo de 2006 - 07? Você nunca recebeu fotos de tragédias? Você quis ver o vídeo da Cicarelli na praia carioca?
-> Viu só! O meio em que se vive está corrompido pela insensibilidade, as pessoas se esquecem que atrás daqueles vídeos estão seres humanos racionais, repleto de sentimentos, sonhos e medos. Só porque está na internet pode ser visto à vontade, que nem nos afetamos... Nem sentimos um pingo de dor/ afeição por aqueles corpos queimados dos desastres aéreos...
A mídia deve incentivar a visão crítica de quem a assiste/lê; e não apenas dizer que 2000 pessoas foram mortas em um atentado xiita, e depois mostrar algumas fotinhas. Depois a rede televisiva ainda ganha prêmios pela qualidade da informação. Informar não é só mostrar algo, é revelar o porquê daquele fato, porquê aquilo aconteceu...
Ter senso crítico é sobreviver em meio a um deserto de enganações, não deixando-se levar por ilusões de uma falsa paz, em oasis prestes a te matar de sede.





"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios"
(Efésios 5:15)

As vantagens de estar do outro lado (Jõao Grilo)


Galera resolvi escrever essa carta supondo que João Grilo quando se encontra láh "no outro lado" escreve pra Chicó, seu fiel amigo que continua vivo. É uma espécie de fim alternativo. Eles são personagens do livro "o Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna. Quem já leu/assistiu conhece esse episódio.

À Fernando Francisco, vulgo Chicó
Presidente do conselho nordestino dos vagabundos
Membro honorário e vitalício da organização "por um nordeste mió"


Caro amigo Chicó,


Estou lhe escrevendo para contar um pouco de como é este lugar anuviado em que estou. E deixar bem claro à você e nossos raros amigos que não tenho a menor intenção de voltar.

Aqui o tempo passa como se o ponteiro do relógio andasse em câmera lenta, ele me lembra você, não sei porquê Chicó. Veja Só desde que cheguei aqui ja fui no banheiro umas 3 vezes e olhe que só vou à poltrona 1 vez por semana, será que minha adaptação ao sertão quando chego aqui não funciona mais? E o dia ainda não escureceu também...
É tão bom ter bastante tempo para não fazer anda Chicó, daqui eu vejo o grande problema daíh, a falta de tempo causada pelo trabalho e afazeres... Mas o que não entendo é que quando as pessoas ganham um pouco de tempo para sí próprias elas não aproveitam, sempre buscam algo para fazer e vivem reclamando de estarem sem tempo.

Chicó, o nosso povo é muito sofrido, aqui pude reconhecer o porquê de tanta violêcia por parte dos cangaceiros, a história de Severino é severa! O pobre é bruto como uma rocha mal polida por causa do seu passado vivido, de muita fome e injustiças. O Padeiro e sua esposa são, pelo que parece inseparáveis, a verdade é que ele tem medo de ficar sozinho na vida e ela de homens! É Chicó aquela que é viciada nos machos da vila na verdade tem é medo. Ela é daquele jeito para se livrar desse medo, e no fim das contas acabou se viciando pelo prazer de vencer o medo, na verdade ela tem é repúdio por testosterona... traumas da infância.


Meu irmão, resumidamente, quando conheço um realidade e pela primeira vez vejo que só a minha esperteza não vais er capaz de mudar essa sofridão do povo daí, eu me acovardo e prefiro ficar por aqui mesmo. E deixo o convite, não demore a vir, pra quê viver de apertos e mentiras? Aqui é mais divertido Chicó.


Um grande abraço,
do amigo de todas as horas, João Grilo.

A droga do Enem...


Pouco valor e muita utilidade .

Não é novidade para ninguém que o Brasil passa por deficiências quando se trata de educação, principalmente no ensino fundamental/médio público.E o enem é o método avaliativo que caracteriza isso.

O Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova tida como sendo de conhecimentos gerais, em que o interlocutor é obrigado a passar horas lendo textos imensos para responde algumas questões interpretativas, por vezes até com mínima ou nenhuma relação com a pergunta/ proposta do enunciado.

Uma prova exaustiva e que demanda mais da capacidade de interpretação e de co-relacionar fatos do que de certo conhecimento didático que realmente nos é apresentado no ensino médio. Logo, a prova deveria ser encarada como forma de avaliação psico-pedagógica, e não de exame teórico/prático dos cursos oferecidos.

Apesar de ser pouco relevante quando se trata de conteúdo didático, a prova é muito importante e valorizada por instituições e universidade, o que acaba tornando indispensável sua realização. Além disso, o próprio governo federal toma a prova como uma fonte de dados quanto à qualidade da educação no Brasil, porém os critérios de avaliação dizem respeito ao conteúdo teórico didático e não ao caráter pedagógico, que é bem mais notório na prosa.

É necessário uma reformulação da prova, tornado - a mais condizente com a realidade do ensino médio e que seja criado uma outra avaliação com um conteúdo mais pedagógico em que pode-se avaliar o formação do cidadão a partir do ensino aplicado. Todas essas reformas a fim de qualificar o ensino e melhor avaliar o aluno.


... a droga do enem é caracterizada pelo vício da educação pública brasileira em que a pedagogia fica acima do ensino real, ou seja, o pedagogo é mais valorizado que o professor! As formas de tornar o ensino mais atrativo são mais valorizados do que o próprio ensino!

Sou estudante de Colégio Público e sei o que estou falando!
Os professores desenvolvem projetos e mais projetos, às vezes o ensino/aprendizado do aluno é até deixado de lado. E na hora de prestar o vestibular.... shiii...