Pobre e UFBA, possível?

No especial de fim de ano do jornal soteropolitano Atarde, foi publicado um artigo de Jorge Portugal (o apresentador do programa Aprovado) muito interessante, ele dizia a respeito da causa do desinteresse dos jovens em relação ao vestibular da UFBA:

"1ª causa: O valor da inscrição, que é uma quantia proibitiva para muitas famílias; unindo-se a complexidade da prova, aliás, a "prova da UFBa" terminou por virar um mito na cabeça de todos os vestibulandos. Elaborada por "doutos senhores" a partir dos seu gabinetes climatizados, ela, a prova, mais parece um teste de avaliação de pós-vestibulandos candidatos a mestrado. Óbvio que só o aluno da rede privada de ensino, bem treinado, com overdoses de revisões em cursinhos super caros pode obter algum sucesso. O aluno da rede estadual, nem se anima em enfrentar tal exame.

2ª causa: Mesmo aprovado em dificílimo vestibular, o aluno pobre da rede pública sabe das mínimas chances de manter-se no curso por quatro ou cinco anos. Os horários da "Federal" foram feitos sobre medida, para quem dispõe de tempo integral para os estudos, e dinheiro adicional para livros, refeições e transporte."

Jorge ainda defendeu a adoção da nota do Enem como porta de entrada do futuro vestibular da Federal, sugeriu que seja reformulado os horários da universidade para o turno noturno e que seja estabelecido uma política de estímulo e manutenção ao aluno egresso da rede estadual de ensino.

Concordo com o professor Jorge, afinal de contas a Universidade Federal da Bahia é de todo o povo brasileiro, e para isto é necessário facilitar o ingresso de todos os jovens que se esforçaram para passar no vestibular, mas por uma falha no seu aprendizado devido ao próprio estado, não conseguiu se ingressar na univesidade.
Jorge Portugal defendeu ainda o projeto Universidade Nova; se você assim como eu, não conhecia o projeto, clique aqui.